Graduation and French Canada!!

HEY MOM!

Creio que esse post vai ser um pouquinho grande e já te adianto também que pode conter alguns erros de português, pois eu estou no computador da escola e aqui não tem o teclado de português.

Enfim! SEXTA eu enfim “me formei” na Cornerstone. Depois de quase seis meses de estudos, de completar o curso de ESL e de até fazer dois meses de Business Class, seu querido filho graduou-se.

Tudo que tinha que falar, falei em meu speech, que, aliás, meu querido amigo Felipe Lessi gravou, e está no meu celular. Em breve eu faço o upload no Youtube e lhe mostro.

Ai vão algumas fotos da graduação:

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Uhu!Tudo muito bom, tudo muito feliz, e agora começa a busca por emprego!, certo? Pois é, ERRADO! Ainda tinha o fim-de-semana pós graduação e eu e meus amigos decidimos fazer algo que teríamos que fazer e provavelmente não teríamos mais tempo de fazer depois.

O quê? French Canada!

Sim, decidimos ir pra parte francesa do país, a parte onde muitos (aliás, a maioria) sequer fala inglês, e a língua predominante em todos os cartazes, rádios, anúncios e locais é o FRANCÊS!

Saímos na sexta mesmo, rudo à Montreal, depois de seis horas de viagem, eu, Lessi, Léo e Breno (todos brasileiros) chegamos na cidade, pouco antes já podíamos notar a diferença. Logo quando passamos a fronteira entre Ontario e Quebéc, tudo de repente mudou, e parecia que haviamos entrado em outro país.

Chegamos muito tarde, mas ainda tivemos um pequeno pique para fazer algo. Fomos à um barzinho e começamos à notar as várias diferenças entre Toronto e Montreal, tudo em sua grande maioria cultural. Mas o mais impressionante ainda estava por vir…

Ficamos menos de uma hora no bar, pois já era mais de duas da manhã, ainda precisávamos encontrar um hotel para passar a noite e sairíamos logo cedo no sábado.
Demos sorte e achamos uma rua só com hotéis, apesar de quase todos estarem lotados, conseguimos nos hospedar em um que ainda teria café da manhã incluso. Nos custou $40, mas valeu a pena.

Sábado acordamos, comemos e partimos para Quebéc City, seriam mais 300km de viagem, mas dessa vez estávamos com um pique total. Chegamos e logo fizemos check-in em um hotel que nos foi recomendado por algumas amigas que estavam lá, junto com uma tour.
O preço desse hotel não seria muito diferente do que ficamos em Montreal, um pouco mais barato, porém esse sem café da manhã 😦

Nos hospedamos e logo fomos conhecer a cidade. Fomos direto à “Old Quebéc”, logo lembrei de você, tenho certeza que você iria amar esse lugar e provavelmente tiraria mil trezentas e quarenta e oito fotos.
Conhecemos alguns outros pontos da cidade e quando demos por nós já eram quase seis da tarde. Decidimos fazer algo que eu não fazia desde que saí do Brasil! Comprar bebidas em um super mercado!

SIM!, como você sabe, a província de Ontário tem essa VIADAGEM de só poder comprar bebidas alcoólicas em determinados locais (Beer Stores e LCBO’s).
Mas não, não em Quebéc, não em French Canada. E nos esbaldamos, compramos trinta e nove whiskys e quarenta a cinco vodkas, para comemorar!!!!!

Ehehehe brincadeira, compramos algumas coisas e celebramos essa pequena conquista alcançada em terras canadenses.

No período da noite, fomos à uma balada que todos diziam que era o “must” de Quebéc City, e não diziam à toa.
A balada é sensacional, totalmente diferente de qualquer outra que eu já tinha vindo, no Brasil ou em Toronto. Dentre outras coisas, eles tinham até chuva de espuma e a casa possuía quatro andares, muito foda legal!

Se ficamos surpresos em Montreal por muitas pessoas falarem francês e etc, em Quebéc city isso é quadriplicado! Lá, TODOS falam francês, e existem muitos que sequer falam inglês.
Ao sair da balada, eu estava com fome e fui num Mc Donalds, foi um custo pedir um x-burguer, pois a atendente não falava uma palavra em inglês, ehehe.

No outro dia fizemos o mesmo ritual, acordamos “cedo” e partimos de volta para Montreal, ai veio um ponto bacana da viagem…
Estávamos na estrada, entediados como é de se esperar em uma viagem de duas horas e meia, quando de repente e não mais que de repente(!!!), o Lessi avistou um carro com quatro meninas aparentemente lindas, e decidimos fazer molecagem com elas.

Entre uma mandada de beijinho e outra, elas corresponderam, e tudo aconteceu muito rápido.
Quando damos por nós, já estávamos trocando telefone pelas janelas dos carros e nos mandando mensagem, combinando coisas e perguntando outras.

Nada demais aconteceu. Fomos ver um jogo delas de futebol (sim), e depois saímos para comer, os oito juntos. Elas realmente eram lindas, todas. E também muito gente boa.
Todas eram de Quebéc City e, entre as quatro, apenas uma falava um inglês fluente. As outras conseguiam falar numa boa, mas penavam com muitas coisas, o que foi, pra mim, interessantíssimo. Em minha cabeça sempre achei que quem era de French Canada, dominava os dois idiomas com facilidade.

Elas me falaram que consideram falta de respeito quando você fala em inglês em Quebéc City, o que me surpreendeu e muito, e me fez lembrar instantâneamente da noite anterior no Mc Donalds.

Passsamos mais uma noite em um hotel e no outro dia viemos embora.

Essa viagem, por diversos acontecimentos e aspéctos, foi inesquecível para nós quatro. Gostei muito mesmo, em especial de Quebéc City, pretendo voltar pra lá antes de retornar ao Brasil.

Problema é que a viagem me quebrou.
De hotel gastamos $120 somando tudo, mais $40 de gasolina pra cada um, refeições, lembranças, bebidas, a balada… enfim, no total gastamos cerca de $400 cada um.

Caro, sim, porém valeu a pena, ao conversar com uma amiga espanhola que estava no Tour que fez o mesmo percurso que nós fizemos, ela me disse que pagou $350 pela viagem, fora almoço e tudo mais que ela gastaria.

Enfim, agora sim, devolta à Toronto, começo a procura por um emprego no modo hard!

Me deseje sorte,

Beijo!

 

AH, ai vão algumas fotos da viagem:

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ImageEhehehe não se preocupe, só peguei o carro pra dar uma votla no quarteirão.

Ehehehe Image

See you soon, mom

Oi Mãe,
É… Na verdade, tchau mãe.

Faz pouco mais de um dia que você, papai e a menina Érika foram embora, deixando saudades na cidade Torontiana na qual eu vivo no momento.

Só tenho a agradecer vocês pelos dias inesquecíveis aqui com as pessoas mais importantes da minha vida. Fiquei muito feliz de poder mostrar minha nova vida, de poder ver no rosto de vocês todas as expressões de surpresa que eu também tive nos meus primeiros dia. Fico muito feliz que tenham amado, fico mais feliz ainda por saber que por algum motivo eu tenha deixado vocês orgulhosos, sempre saibam que vocês são o meu orgulho.

Fiquem sabendo que, pra mim, Toronto nunca mais vai ser a mesma sem o papai treinando os nomes das estações de metro ou sem você tentando falar em português com a garçonete (e se lembrando três segundos depois que ela não faz ideia do que você estaria dizendo). E ah, claro, óbvio que também nunca mais vai ser a mesma sem a Érika dando um ataque por causa de uma batata ehehehe, mas tudo bem,  nós entendemos que os protestos não são só por R$0,20, então o ataque claramente não foi só por uma batata, ahahahaha, brincadeira linda, amei que você estava aqui comigo também (mas tem gente que amou mais).

Nos vemos logo mamãe e todo mundo, morrerei de saudades mais uma vez, mas aguentem firme! Seja em Toronto, em São Paulo, em Ribeirão ou em qualquer lugar do mundo, logo estaremos juntos novamente.

 

Amo vocês!

Brazilian RIOTS in Toronto!

Não sei como começar esse post, nem “oi mãe” eu vou falar.

Faz alguns dias, deve fazer já quase uma semana que, enfim aconteceu o que todos nós esperamos e desejamos por tanto tempo… O povo brasileiro ACORDOU!

Finalmente decidimos parar de “xingar muito no Twitter” e no Facebook e realmente tomar uma atitude de verdade, algo FÍSICO e não virtual, nós fomos às ruas revindicar aquilo que é nosso por direito, os nossos direitos!
Não tenho palavras suficientes para descrever o quanto eu fiquei orgulhoso de vocês ai no Brasil, todos os que foram às ruas protestar (pacificamente). Depois de quase cinco meses, eu realmente queria estar ai no Brasil. Queria estar lá pra poder sair às ruas com cartazes com vocês, queria poder gritar ai, como gritei aqui que sou brasileiro com muito orgulho (e realmente achar isso).

PARABÉNS! Vocês são do caralho!! Mas pelo amor de Deus, NÃO PAREM! É a coisa mais maravilhosa que eu já vi acontecer em nosso país em quase 24 anos de vida, não podemos deixar a poeira baixar.
Nós temos o poder porque nós SOMOS o poder. Cada um que vai pra rua esta escrevendo a história do nosso país, história essa que com certeza ABSOLUTA será lembrada no futuro.

Esses protestos tem sido tão sensacionais, que está atingindo o resto do mundo! Brasileiros de diversas cidades do mundo estão se juntando e organizando protestos pacíficos também, é ou não é de lacrimejar os olhos sem nem precisar de gás lacrimejante?

Hoje, aqui em Toronto, foi nossa vez! Nos juntamos na praça do City Hall para expressar toda nossa repudia aos absurdos que acontecem em nossa pátria amada.
Fomos relativamente poucos (óbvio) comparado à multidão maravilhosa que vem se espalhando no Brasil. Eramos cerca de mil à duas mil pessoas.

Aqui, o evento correu normalmente sem NENHUM problema (até a hora que eu fui embora, as oito da noite, foi assim). A polícia? Ficou na dela! Eram cerca de dez à vinte policiais acompanhando o evento de longe, não interferiram ou sequer falaram algo durante toda a manifestação. Claro que, pra isso acontecer, nós também não demos nenhum motivo à eles.

Eu comprei duas cartolinas para poder escrever algumas mensagens, em uma delas, escrevi “#WakeUpBrazil”.
Na outra, estava sem ideia, até ver um post compartilhado no Facebook da manifestação de ontem em São Paulo. Algum GÊNIO teve a ideia brilhante de escrever “Enfia os 20 centavos no SUS”, DO CARALHO!!!

Escrevi isso e foi um sucesso! Foi incontável o número de pessoas (mais de 100, com certa facilidade) que me pararam e pediram pra tirar uma foto comigo ou com o cartaz!
Além disso, também dei uma entrevista à um brasileiro que, pelo o que ele disse, possui um Vlog de brasileiros em Toronto, enfim… vou esperar e se achar o link da entrevista, matéria, sei lá.. posto aqui.

Eu espero do fundo do meu coração que os manifestos e os protestos continuem por todo o Brasil, que tudo seja do jeito que tem que ser, do jeito certo. E que, principalmente, tudo ocorra sempre da melhor forma possível, na paz.
É, sim, é meio impossível. Sempre vai haver um ou cem numa multidão de cem mil (cem mil? Aquilo tava mais pra um milhão!) que vai acabar se exaltando e fazendo merda, mas ignoremos esses acéfalos e, JUNTOS, ONDE QUER QUE ESTEJAMOS, vamos mudar o Brasil!

Ah, não irei colocar nenhuma foto aqui porque todas estão na maquina ou no meu iPhone, mas com certeza vou colocando no meu Facebook.

Brazil* vs. Japan

Ontem ai no Brasil começou a Copa das Confederações, e não tenha dúvida que nós, brasileiros aqui do Canadá, iremos acompanhar (quase) tão bem quanto vocês ai no Brasil!

É bem provável que eu não faça posts à cada jogo do Brasil no torneio mas, esse em especial, merece um relato. Vamos aos fatos:

Aqui no Canadá, em especial na nossa escola, temos muuuuitos asiáticos, ou seja, muitos japoneses também! Eles são em sua imensa maioria sempre muito simpáticos, engraçados e gentis… Com o passar do tempo, ficamos muito amigos de alguns e, pra esse jogo em especial, eu dei a ideia de todos assistirmos o jogo juntos… Foi i-ra-do!

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Esse japonês ai da foto é um apaixonado por jogar futebol (impressionantemente ele joga muito bem!), e ficamos brincando um com o outro durante toda a semana, dizendo que o jogo iria ser muito fácil.. E foi, PRA NÓS!

Deixando o jogo de lado, vou traduzir o que eu mesmo disse no evento do Facebook que criei sobre a partida:

“Fala pessoal,
Só estou aqui para agradecer à todos que compareceram ao bar ontem!
O jogo se tornou um pequeno detalhe comparado à atmosfera que criamos durante a partida, foi muito, muito legal mesmo!

Aos meus amigos japoneses, sinto muito pelo resultado mas… EU TE AVISEI! Vocês estão todos convidados para assistir aos outros jogos do Brasil conosco, você dão sorte ehehe

Aos brasileiros, vamos continuar assistindo juntos, vamos ganhar esse torneio!!

E aos demais, mexicanos, peruanos, persas, coreanos, etc… vocês são demais! Também sempre serão bem-vindos aos jogos do Brasil!”

Isso mesmo, tivemos outras nacionalidades assistindo ao jogo conosco. Até professores compareceram, foi muito legal… No total trouxemos umas 40 pessoas!!

Enfim, ai vão algumas algumas fotos que tiramos:

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Toronto é bonita!

Eai mãe!

A uns dias atrás eu comprei uma bicicleta, sim! Esta calor, eu estou me sentindo gordo e decidi começar a ir pra escola pedalando.

Afinal, nosso novo basement é bem mais parto da escola, e deduzi que seria um caminho tranquilo.
Desde que o frio passou, eu passei a ver inúmeros ciclistas nas ruas da cidade, e também reparei como os motoristas os respeitam. Até porque, mesmo aqui, não são todas as ruas e avenidas que tem a Ciclofaixa.

Pois bem, comprei a bicicleta segunda e ontem, terça-feira, comecei a ir pra Cornerstone pedalando.
Eu estava certo, o caminho é bem tranquilo, mas obviamente você tem que ficar atento. No começo é difícil, eu não parava de olhar pra trás pra ver se eu não estava sendo quase atropelado ou atrapalhando algum carro, mas conforme o tempo isso vai passando.

No primeiro dia, fiz o caminho padrão, o mesmo que o metrô faria, e na moral? É muito melhor ir pedalando sentindo o vento bater na sua cara do que se espremendo no metrô com um monte de gente com o braço pra cima.
Na ida não reparei em nada, o tempo estava nublado e eu estava muito focado em não errar nada e ver quanto tempo demoraria pra chegar (cerca de 20 à 30 minutos). Mas na volta, com o sol pra fora, fiquei reparando na beleza da cidade, tantas coisas que eu, morando aqui há quase cinco meses, nunca tinha visto antes.

A razão pra essa tamanha novidade é simples: Nós basicamente só andamos de metrô aqui nesse tempo todo. Sim! Criamos uma rotina de “escola -> casa -> almoçar no path (cidade subterrânea) -> casa” em dias de semana e acabamos passando mais tempo embaixo da cidade do que na superfície.

Fiquei tão surpreso com tantas coisas bonitas e novas ao meu redor que decidi tentar um caminho diferente hoje, e lembrei do meu amigo Google Maps.
Por lá, verifiquei uma rota alternativa e, mais uma vez, fiquei encantado. Vários parques e campos abertos. Campos esses, incluindo também de futebol (na sua grande maioria futebol americano, mas mesmo assim eles tem os gols de futebol de gente inteligente).

Tudo muito bonito Dona Maria!

E quanto à eu me sentir gordo… Gordo e fora de forma! Tenho suado que nem um porco nesses dois dias pedalando ehehehe, mas tudo bem, minha genética é boa, e eu sou lindo até com uma melancia na cabeça.

É NÓIS!

O dragão alado e o elfo encatado

Eae mãe, suave na nave na calma da alma?

Faz tempo que eu não escrevo e decidi que vai continuar assim, abração.
rsrs brinks, eu não tenho tido muito tempo p’ra escrever aqui, e como você já sabe, eu odeio esse little-laptop. Uma das minhas primeiras aquisições quando eu começar a trabalhar com certeza será um Macbook, e enfim virarei um hipster e irei aos Starbucks pra usar o free wi-fi kkkkkkkk.

Enfim, como você sabe, nós mudamos de novo, viemos parar em Dufferin! Hm… Vamos lá, veja só o mapa metropolitano de Toronto:

ImageAs you can see… Seu querido filho circulou em vermelho os lugares cujo os quais eu e o menino Gustavo já moramos aqui em Toronto (menos a ponte que eu passei umas noites, ela não ta ai no mapa).

No primeiro mês, passamos na Paola, em Sheppard (Yellow line), no segundo, moramos no dormitório estudantil, a CCNM (Purple line, e longe pra caralho). Depois passamos mais três meses e agora estamos aqui, em Dufferin (Green line)!!

É um basement muito engraçado, não tem teto, não tem nada… bom e alto! Sim, ALTO! Por incrível que pareça, esse problema foi meu principal empecilho no nosso antigo basement em Sheppard. Foram incontáveis as vezes que eu acordei e bati a cabeça em algum lugar.
Em nossa primeira visita aqui eu já me encantei por esse fato. Também é irado o fato de eu e o Guga termos um quarto cada um agora.

A casa em si, pertence a um Grego que nunca vem aqui. Na verdade ele vem, todo dia primeiro, pra receber o aluguel dos moradores. Os moradores em questão, até onde eu sei, somos:

– Eu e Guga, os recém mudados moradores do Basement;
– Vince e Bruna, dois brasileiros que moram upstairs.

Antes de mudarmos, outros dois brasileiros moravam aqui no basement, Ricardo e Jackie. Por esse excessivo numero de tupiniquins morando aqui, à casa é chamada de Brazucas1733 (pelo menos é o nome do wi-fi EUUAEHE).

Te falei que vou comprar uma bicicleta? Pois é. Eu já estava me sentindo muito gordo, e isso piorou depois da minha brilhante ideia de comprar uma balança. Eu estou oficialmente 6 kg acima do peso, e preciso mudar isso #summerproject #projetobarriguinhadechoppenãodehipo.

Obsessividade, olha que palavra grande, bonita e inteligente!
Antes de vir pra cá, eu tinha um objetivo, e, hiperativo/apressado/ansioso que sou, logo virou uma obsessão.

Eu tinha a pretensão de voltar pro Brasil com um nível de inglês acima do fluente. Sim, sabe que nível é esse? Raper.
HAHAHA, eu meti na cabeça que queria voltar pro Brasil conseguindo acompanhar os rappers americanos nas músicas. E sabe o que mais? Forget about it!

A obsessividade começou de uma forma fofa. Uma amiga minha canadense adorou a ideia e me desafiou, falou pra eu escolher qualquer música e treinar, treinar e treinar. Ela me indicou Stan, do Eminem. Achei legal, mas putaquelapario, essa musica já deu o que tinha que dar, três anos atrás.

Mesmo assim, passei quase duas semanas escutando a música, e é incrível a quantidade de palavras que esse filho-da-puta fala em três segundos. Porra, eu ouço essa música desde dois mil e seiláoque, e nunca tinha percebido que ele cita até o Phill Collins!
Enfim, problema é que rappers são maloqueiros, maloqueiros falam gírias, gírias contém erros gramaticais. A quantidade de slang que o Eminem usa é surreal, por muitas vezes ele usa termos como “She don’t know shit”, o que, como você querida mãe sabia e estudiosa sabe, é totalmente errado gramaticalmente, seria praticamente um “é nóis”.

Cansei da música e troquei, agora, queria porque queria conseguir cantar Space Bound, também do Eminem. Porque eu acho essa música MUCHO LOSKA!
E guess what?! Eu meio que consegui, assim, eu não decorei a letra, mas eu peguei o timing e já consigo acompanhar o cara se eu ler a letra, o que era impossível. Agora só falta memorizar tudo ehehehe. A musica é essa:

MAS A QUESTÃO É QUE EU DESISTI DA IDEIA, por quê? Simples, porque eu não consigo acompanhar nem os rappers brasileiros, que dirá esses maluco dos stadsunids!

Mas sério, a evolução auditiva é uma coisa maravilhosa, as vezes no metrô, eu estou escutando uma música que eu conheço à cinco, sete, dez anos! E me pego ouvindo coisas que eu não fazia ideia que dizia na música.

É incrível como você escuta as coisas se você prestar atenção, qualquer dia vou tentar ouvir o que você diz. :p

Bom seilá tchau.

 

Aqui (também) é Corinthians!

OI PAI!

Sim, pai.
Essa semana tivemos o jogo de ida das oitavas-de-final da Libertadores, onde nós enfrentamos o Boca em La Bombonera. Como você sabe, uma de nossas maiores dificuldades aqui é achar lugares onde passe os jogos da Libertadores.

Dessa vez, estávamos indo tentar ver o jogo em um restaurante brasileiro chamado Brazilian Star.
No caminho, ficamos em duvida de qual Street Car pegar, e avistei um cidadão uniformizado como Corinthiano, no meio da Dundas Square. E quando digo uniformizado, é porque o cara estava realmente fardado como um torcedor da Gaviões da Fiel, jaqueta, calça, etc.

“Vou falar com aquele Curintcha ali!”, falei pro Guga, e fui lá, comecei a trocar uma ideia com ele, perguntei onde ele estava indo ver o jogo, onde ele normalmente assiste, fora as perguntas padrões.

Até ai tudo bem, achei muito legal achar um Corinthiano assim, no meio da rua, num lugar tão longe, porem a maior surpresa ainda estava por vir.
Eu também estava usando meus acessórios do Corinthians (estava só com a camiseta na verdade), e nós continuamos conversando, coincidentemente iriamos pegar o mesmo Street Car.

Aqui quando você entra em um ônibus, street car, etc. Você tem que apresentar seu Metro Pass para o motorista ou pagar três dólares, ou usar um token, ENFIM….
Quando subimos no ônibus, apresentamos nossos devidos Metro Pass”es” para o motorista, foi quando de repente ele (o motorista) falou:

– You don’t have to pay anything on my bus because aqui é Corinthiano, maloqueiro e sofredor!!!

SIM, o motorista do Street Car era Corinthiano!! Foi a maior surpresa que eu poderia ter. Primeiro porque o sujeito parecia MUITO um cidadão canadense, não parecia nenhum pouco um brasileiro, e segundo porque ele trabalha no TTC, bom pra ele ehehehe

Conversamos um pouco com o motorista, e ele até nos mostrou uma foto do escudo do Corinthians, que ele mantém no Street Car.

É ISSO aí Paizão! Ai, aqui e em todo lugar, é Corinthians!!!

Ah, no restaurante brasileiro eu, enfim, comi uma comida brasileira de verdade, depois de muito tempo!
Arroz, feijão, batata frita, picanha e farofa! Sensacional.

Homem de Negócios

OI MÃE,

Como você sabe, quando os alunos vão iniciar seus estudos na Cornerstone, eles tem que fazer uma prova, assim, serão colocados de acordo com seu nível de Inglês.

Bom, acho que você lembra que seu filho lindo, nerd, gênio aqui fez a prova e por obra do destino foi parar no nível mais avançado.
Pois é, três meses se passaram desde então, e, segundo as regras Cornerstoneanas, o nível avançado tem a duração de exatos três meses, ou seja, eu terminei o curso de ESL.

“Mas e agora Guilherme, o que acontecera com a sua pessoa?”

Essa duvida pairou sobre minha cabeça durante todo o mês de Abril, e depois de algumas conversas com o Camilo (coordenador dos estudantes brasileiros do colégio) e com o Roy (diretor do colégio), tudo foi ficando mais claro.
Eu tinha duas opções, poderia ir ou para o curso de TOEFL, ou para o curso de Business.

Vamos por partes:

1- O que é TOEFL?
Test of English as a Foreign Language (TOEFL) ou Teste de Inglês como uma Língua Estrangeira é um exame que tem o objetivo de avaliar o potencial individual de falar e entender o inglês em nível acadêmico.

Pois é, o TOEFL parecia desafiador e difícil, e poderia até me dar alguns benefícios no Brasil CASO eu desejasse me tornar um professor de Inglês no futuro (o que não é o caso).

O curso de Business é focado na linguagem de… Business, DÃ. E abaixo tentarei explicar as principais razões pela qual optei por esse curso.

Bom, todo final de mês no ESL nós recebíamos uma avaliação do professor, uma espécie de boletim. O bom dessas avaliações é que elas vão além das notas, o professor sempre deixa um comentário pessoal sobre seu inglês e sua evolução e, claro, sobre seus pontos fracos.
Nunca tive críticas, pelo contrário, o que sempre me deixou muito feliz, porem dois professor coincidentemente acabaram me falando a mesma coisa, o que me chamou atenção.

Meu inglês, segundo eles, é muito bom e a conversação muito natural, porem muitas coisas que eu falo não se encaixariam bem em uma conversa de negócios, porem são perfeitamente naturais em uma conversa casual.
Segundo meu professor Taylor, isso acontece pelo fato de eu ter aprendido 90% do meu inglês antes de vir pra cá com filmes, séries e principalmente músicas.
Meu inglês acabou se tornando meio “slang” (cheio de gírias), o que eu acho irado se você me perguntar, mas enfim…

Por essa razão fui para a aula de Business, espero que lá possa aprender diversas maneiras diferentes e formais de me comunicar.
Hoje tive minha primeira aula lá, e achei bem legal, vamos indo…

Por fim, como eu já terminei o ESL e terei meus dois meses de Business, eu vou receber dois certificados diferentes de Inglês quando eu me formar na Cornerstone, no fim de Junho.

Pretty cool, eh?

O Ciclo

Oi Mãe!

Ontem depois que jogamos bola no nosso já habitual futebol de sábado, fiquei pensando em uma coisa na volta pra casa.
É incrível e incrivelmente estranho como tudo muda tão rápido aqui. No caso, me refiro às pessoas.

Eu estou aqui há três meses (na verdade faz três meses exatamente hoje), e é impressionante como tudo já mudou umas setenta vezes.
Fizemos amigos de todos os cantos do Brasil e do mundo. Amigos que já estavam aqui, amigos que chegaram agora, e principalmente amigos que foram embora.

É natural que sempre fiquemos mais próximos dos brasileiros, e é o que acontece. Todos os nossos “melhores amigos” em Toronto são, em sua suprema maioria, tupiniquins.

Tem uma coisa muito comum aqui, que praticamente todos os estudantes fazem. Em seus últimos dias de colégio ou de Canadá, eles compram uma bandeira Canadense, e todos os seus amigos assinam a bandeira com mensagens de “Sentiremos sua falta” e todo esse tipo de viadagem.
Coisa que na minha opinião, vai ser impossível pra eu fazer, já teria que ter feito! Já teria que ter uma bandeira, teria que ter comprado uma bandeira na minha primeira semana. Já se foram tantas pessoas iradas que eu conheci e que, não seria uma bandeira completa sem uma mensagem delas.

E é aí que fica estranho, os MAIS CHEGADOS ainda são poucos, posso contar nos dedos de uma mão, aqueles que viraram muito nossos amigos mesmo, e infelizmente já foram embora. São eles um caipira de Pitangueiras (PC), uma brasiliense (Izadora), uma loira doida do ABC (Eli), um japonês paulista (Bruno) e os gêmeos gaúchos e gremistas (Magnus e Marcelus)

Todos esses ficaram muito próximos de nós por um curto e inesquecível período de tempo.

Mas, por mais que obviamente o Canadá nunca vai ser o mesmo sem fulano ou ciclano, o “Ciclo de amizade” continua, e graças a Deus que ele continua. Se na semana passada eu estava esperando X ou Y pra ver um jogo na TV, agora eles foram embora, mas o B tá vindo ai!

É tudo muito rápido, e é tudo muito irado.
Agora mesmo, estou esperando dois Felipes pra ver os jogos de Corinthians e São Paulo aqui.
Felipes esses que são, assim como eu, Jornalistas. Os dois fizeram Anhembi também, um era da minha sala aliás, como já citei em outro post.

É, life goes on e a gente vai aprendendo a se apegar as pessoas se se apegar demais.

Mas não pense que qualquer um deles não faz ou fará falta. Pudera eu poder sair com todos ao mesmo tempo.

Tchau mãe.

New Guitar

EY mãe, tudo bem?

Bom, o post de hoje não é nenhuma novidade pra você, você já até “curtiu” a foto no Facebook, mas enfim, por falta de post, vamos postar.

Mãe ganhei um violão (tente parecer surpresa)!!!!
SIIM! Enfim consegui tocar alguns acordes depois de tanto tempo longe dessas benditas e doídas cordas de aço!

Quem me deu o instrumento foi meu professor de Março, Greg. Desde a época em que ele me dava aulas (mês passado) eu já comentava como eu sentia falta de um violão e que planejava comprar um aqui em Toronto se não fosse muito caro.
Nisso, ele me disse que tinha um sobrando, e que se eu quisesse, ele poderia me emprestar. Óbvio que eu disse que queria mas, o mês acabou, já não nos víamos todos os dias (pois agora eu tinha um novo professor) e eu não tinha a cara de pau de cobrá-lo.

Sei que uma hora eu perdi a paciência e criei coragem pra tocar no assunto com ele, e ele disse que eu poderia pegar quando eu quisesse, era só marcar um lugar pra ele me entregar o violão.
E BUM, cá estamos nós! Na última sexta, 19, marquei com ele na Lawrence Station e fui lá com o Guga, só pra garantir que o Greg não ia me estuprar, aqui estou eu, feliz e violado.

Você sabe que eu não sou um primor de músico, aliás, quem me dera ser um músico. Eu, assim como o seu marido (vulgo meu pai), sou autodidata e aprendi a tocar essa parada de seis cordas sozinho. E óbvio, só toco pra me divertir e aliviar o stress.

De qualquer forma, se existem duas pessoas que me ajudam muito a melhorar meu inglês fora da Cornerstone, uma dessas pessoas seria o Greg.
Meu ex-professor, porem sempre me senti muito a vontade com ele, sentia que podia falar de qualquer coisa, e o senso de humor dele é muito parecido com o meu (doentio). Sempre nos trombamos nos corredores da escola e puxamos algum assunto aleatório, que culmina em um papo de dez, quinze minutos, num piscar de olhos. Sempre brinco com o Guga que um dia vou chamar o Greg pra tomar umas brejas conosco, isso sim seria divertido.

Falo ae mulher.Image