Quick Note #01 – Guilherme, G-U-I-L… Oh… Just call me Gui

Nós passamos num Starbucks pra fugir da nevasca e eu fui pedir algo pra beber.
Como em qualquer outro Starbucks do mundo, perguntaram meu nome pra escrever no copo. Depois de eu falar Guilherme e a atendente ficar com cara de “WTF?!”, tentei soletrar… No fim, esse foi o resultado:

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Dia #03 – Fuso errado

HEY MOM

Tô com mania de acordar muito tarde pro Brasil e muito cedo pra cá. Ontem acordei eram 7:30 am, com o fuso de três horas à menos por conta do horário de verão, 10:30 da manhã no Brasil.
Hoje acordei as 8:30… Nessa primeira semana não há necessidade disso, por enquanto eu posso acordar umas 10, 11 am!

Pois é, a primeira coisa que eu faço quando acordo é checar a temperatura, qual não foi minha surpresa ao ver que hoje está….. FRIO! – rs – No momento está fazendo -4°, e segundo o iPhone estaria nevando.

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Peguei toda minha excitação e animação com vontade de ver snowflakes caindo do céu, e sai de pijama mesmo… Três espirros depois eu voltei.

Hoje então provavelmente vai estar bem frio, e é oficial que FUDEU eu to ferrado. 98% das minhas meias são daquele tipo “soquete”, que só tapa o calcanhar, e nenhum tênis meu ajuda muito pra situações em que você sem querer afunda o pé na neve. Ehehehe Hipotermia énóis.

Sei lá o que nós vamos fazer hoje, to esperando o Guga acordar. Mas provavelmente nós vamos dar uma passada no dormitório estudantil (fomos lá ontem porém não deu pra ver os quartos porque já tinha passado do horário) e também na escola.

Pra terminar… Tava pensando ontem, a Paola (dona do basement) falou pra nós que aqui tem Brahma em alguns lugares.
Pô, no Brasil quando alguém fala que vai numa festa e vai levar uma cerveja importada, fica com um status de fodão;
Acho que a primeira festa que me chamarem aqui, vou falar que vou levar umas “imported beers” e levar meia dúzia de Brahma.

Dia #02 – The Red Devils From Toronto

HEY MOM!

Bom, primeiro de tudo, não vai dar sempre pra escrever três vezes ao dia, na real eu sempre vou tentar escrever sempre que eu passar pelo Basement, ontem foram três vezes, hoje eu só voltei pra cá agora, às 7 PM (22 horas no Brasil);

E também um beijo pra minha prima; fiquei sabendo que ela anunciou o blog na página do Facebook dela… Deveria revelar seu nome.

Hoje acordamos tarde, na verdade eu acordei 8:30 (11:30 no Brasil), mas voltei a dormir e só fui acordar meio dia ehehe;
Nosso Breakfast/Launch foi bem básico, fizemos omelete, e para nossa surpresa não tinha SAL no basement. Sim, sem sal, existiam uns setenta e oito tons de açucar, mas nenhum sal.

Planejávamos ir conhecer nosso futuro dormitório estudantil, porém haveria o jogo entre Real Madrid e Barcelona, e como bons amantes do futebol, ficamos com vontade de assistir.
Pesquisei no Google sobre “Soccer Bars” em Toronto e funcionou. Achamos diversos bares que passam futebol e o que decidimos ir era o mais próximo ao basement, um chamado Main Event.

Aos desavisados, o metrô aqui é bem caro, um “token” (como se fosse UM passe de metrô no Brasil) custa CAN$3 (equivalente à mais de R$6);
Chegamos ao bar “Main Event” e o jogo já havia começado, porém logo na porta sofremos uma surpresa! O bar se auto denominava como “The House of Man United in Toronto”.

Quando entramos, haviam dezessete televisões e um telão!!! Em treze, passava o jogo entre Manchester United vs. Southampton; em três passava Real Madrid vs. Barcelona… Nas outras duas passava a partida entre Arsenal vs. Liverpool.
Bom, tentem imaginar a quantidade de torcedores do Manchester que havia no bar. Nada de hooligans e nada de desrespeito com ninguém. Todos foram muito tranquilos em seu modo fanático de torcer pelo seu time. Aliás, também haviam torcedores de Barcelona e Real Madrid no recinto, sempre se respeitando.ImagemParte do Bar “Main Event”;

Uma coisa que vêm chamando nossa atenção é que em lugar nenhum pedem nossa ID quando pedimos uma cerveja ou algo do tipo, isso só pode significar que nós temos uma cara de velho do caralho (Se bem que na Beer Store pediram, uhu).

Eu e Guga já planejamos ver o jogo entre Brasil e Inglaterra no começo de fevereiro nesse Bar, e esperamos não sermos hostilizados ehehehe.

Mudando de assunto, beleza, viemos aqui pra estudar inglês e etc… mas nessa primeira semana, antes de começar nossas aulas, temos gastado o português entre nós. Virou uma espécie de hobbie aproveitar disso, porque ninguém mais entende.
Falar pra alguém: “Da uma licença ai Nelson Rubens”, e o cara mandar um ‘I’m sorry’ de resposta, não tem preço (só os CAN$3 do token).

Deixa eu perguntar, alguém sabe quanto pesa 60 OZ?

Enfim, agora estamos fazendo uma pizza aqui… porque até agora tudo que comemos no dia foi aquele omelete sem sal.

 

TCHAU

Welcome to Toronto, welcome to the first world

HEY MOM!

Eu e o Guga resolvemos sair de novo, fomos ao Eaton Center, o maior shopping de Toronto.
Fomos até lá de metrô, tudo muito tranquilo e o metrô é muito bom, me lembrou bastante a linha verde de São Paulo (acho a linha amarela melhor).

No Shopping, vimos que aqui pode ser ou não um bom lugar para se fazer compras, como em qualquer shopping dos USA, existem promoções de-dar-água-na-boca. Porém como estamos poupando tudo ehehe (rs), nos contivemos ao máximo.

Temos que admitir que hoje, por ser o primeiro dia, nos permitimos gastar um pouco além da conta. Eu e o Guga compramos cada um uma camisa, mas VEJA LÁ, a camisa custou sete dólares!!!!!

Depois de conhecer o shopping, entrar nas lojas e não comprar nada, fomos jantar no Hard Rock Café Toronto, que fica numa square muito bonita.

Vou tentar resumir nosso jantar em três fotos:

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Esse, caso você tenha esquecido, sou eu.

Entramos no bar, e o cardápio difernciava as cervejas por nacionalidade, então tivemos a idéia de provar alguma(s) cerveja(s) do próprio Canadá, pedi uma recomendação ao garçom, e lá fomos nós.
Entre os três tipos diferente que provamos (bebemos apenas três ehehe), a que mais gostamos foi uma chamada Moosehead (isso, Cabeça de Alce), bem boa.

Agora imagina que aproveitamos essa refeição:
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Tendo como varanda essa vista:
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Pois é! O dia foi incrível, fizemos inúmeras coisas e nem parece que faz só um dia que estamos aqui. Hoje com toda certeza foi o dia que mais gastamos nesse trimestre ehehehe, com o pagamento do basement, as compras pra semana e o jantar chique ehehe. Mas o mais impressionante/inesperado evento do dia foi em nossa volta ao basement.
Acabamos saindo pela saída errada do metrô, e não estávamos encontrando a Shapperd Av., decidimos perguntar a um pedestre, e a resposta dele nos chocou.
“Eu não sou dessa região, acabei de sair do metrô, não sei te responder.”
Já estavamos preparando um “It’s ok” quando ele disse:
“Deixe eu checar meu telefone, só um minuto.”

SIM! O cidadão interrompeu sua caminhada rumo ao seu destino, na chuva, para pegar o telefone e entrar no google maps para ver para dois desconhecidos onde era o nosso destino.

Depois disso só pudemos concluir uma coisa:
Aquele cara queima a rosca legal. Chegamos ao primeiro mundo.

Amanhã tem mais, e escreverei mais.

TCHAU

Hello Toronto! Where can I buy a beer?

HI MOM!

Fomos eu e Gustavo para nosso primeiro “rolê” canadense. Vimos as instruções da Paola para chegar ao market “Metro” e pesquisamos pelo Google Maps como chegariamos apé e de transporte público.
Como vimos que não era lá muito longe, resolvemos ir apé, para nos habituarmos um pouco mais ao frio e pra testar nossos nervos também. Foi muito mais rápido do que imaginávamos, em poucos minutos chegamos ao mercado, e nem passamos tanto frio assim. A pior parte foi sentir meu dedão do pé direito ficar um pouco congelado ehehehe, preciso de umas meias térmicas.

No shopping, almoçamos em um local que o garçom tinha o inglês pior que o nosso e comemos Spaghetti.
No mercado, compramos coisas básicas como ovos, peito de peru, pão, maçã… e nada de queijo.

Para nossa surpresa, procuramos, procuramos e não achamos cervejas à venda, e nem nenhuma outra bebida alcoólica. Começamos a pensar na possibilidade de só existir a venda desse tipo de produto em lojas específicas, as famosas “Liquor Stores”.

Saímos de lá e fomos rumo ao ponto de ônibus para voltarmos ao basement. No caminho, entrei em uma loja de conveniência em um posto para confirmar minha tese. A atendente me explicou exatamente o que já suspeitávamos.
“Diferente dos Estados Unidos, aqui só vendemos em lojas específicas.”

Na volta, erramos o ponto em que desceríamos, o que não foi problema algum. Descemos próximo a “Young Street”, a maior rua do mundom, e fizemos o resto do caminho apé, de novo.

Daqui a pouco iremos conhecer às famosas “cidades subterrâneas”, e iremos de metrô.

Em breve mando mais notícias.

Tchau.

Dias #0 e #1 – Tchau pra vocês

HEY MOM!

Já caiu a ficha de algum de vocês quanto tempo vai demorar essa viagem? A minha não.Um ano, é tipo bastante tempo isso, sério mesmo. Acho que pra muitos a ficha não caiu e eles ainda acham que vai ser uma daquelas viagens legais e demoradas, de umas duas semanas, um mês no máximo; Mas cara, são 12 meses,

O adeus no Brasil foi tranquilo, ninguem chorou na minha frente e todos choramos por dentro. A saudade vai bater muito mais em mim do que em vocês, não se esqueçam. Eu vou ficar sem todos vocês, e vocês só vão ficar sem mim. Grande bosta.

O avião era bem legal, ele voava e tal… Enfim, ele, para nossa alegria, tinha sim as TVzinhas individuais. E, para alegria geral, ele não estava nem perto de estar lotado, o que deu muito mais espaço, e QUASE deu pra conseguir dormir.
Eu e o Gustavo jogamos Tranca (nem percam tempo imaginando quem ganhou, eu dei um pau nele), vimos um filme cada, e tentamos dormir.

O primeiro choque aqui não foi nem o térmico. Eu já estava preparado pra suar frio na Imigração, ter que responder perguntas chatas e necessárias e todas as outras burocracias que a Imigração Americana me deixou de lembranças.
Porém Hail Canadá! Minha primeira impressção sobre você não poderia ser melhor. Se eu gastei dois minutos na fila de espera e na Alfândega, foi muito! Tudo muito rápido e fácil, até me senti civilizado.
Dali partimos para a Imigração, era a parte mais importante do Aeroporto, segundo nosso “assessor de Intercâmbio”, o Roni. Lá iriamos mostrar nossas matrículas estudantis e nosso comprovante de residência, entre outras coisas.
Um pouco mais demorado, porém novamente tudo muito tranquilo. Quando você sai da Alfândega, você sabe que agora você está por conta própria.

Pegamos nossas malas e fomos rumo ao Free-Shop, – YO SHOPPING BITCH! – Nada de compras pra nós. Em nossa primeira atitude inocente da viagem, pegamos um contrafluxo de onde todos estavam indo rumo a uma placa escrita “Connectios”, e fomos rumo à placa escrito “Exit”, porra, como nós poderiamos estar errados?
É, estávamos, saímos direto para um saguão do aeroporto, e nada de Free Shop pra nós.

Ai decidimos ir pegar um Taxi e HÁ! Frio, muito frio! É impressionante a diferença de temperatura entre um local fechado e na rua, aliás, ainda bem. Porém ainda não consigo saber se vou me acostumar a sempre ficar tirando e colocando a blusa.
Pegamos o Taxi e foi isso, o cara era meio tímido e não trocou um bom dia conosco. Fez o serviço dele, aliás, ainda não tenho certeza se era um Taxi, não havia taxímetro.
Ele nos deixou a mercê na rua do basement onde nós estamos. O folião taxista passou a numeração, e não estava achando a certa. Eu e o Guga decemos e procuramos apé, foram momentos congelantes no inverno canadense, risos.

O basement é muito bom, segundo a Paola (donda da casa/basement), é a parte mais fria da casa. E de fato é um pouQUINHO frio mesmo, mas comparado à rua, é um dia de verão em Copacabana (nunca passei um dia de verão em Copacabana, eu acho). Minha única dificuldade com o tal porão, é que eu sou muito grande pra esse lugar, me pego abaixando para atravessar as coisas em diversos momentos, ai é inevitável lembrar do Murillo, porra, imagina ele aqui, ia ter que andar ajoelhado.

Agora vai dar 1 PM aqui, acordamos a pouco e tomamos um banho, agora vamos à um shopping ae almoçar e comprar algumas necessidades… Vamos de ônibus, vamos ver qualé a da parada, sabe qual é?

Enfim, esse é um jeito que eu encontrei de me comunicar com vocês diáriamente (ou não), e ir lhes contando as principais novidades nesse início de viagem.
Vamos embora daqui do basement em uma semana, e partiremos pro dormitório estudantil, no mesmo dia em que começarão às aulas.

Nos próximos posts eu começo a colocar algumas fotos que vamos tirando e etc.

Tchau.